sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A CRISE

Se a crise por muito tempo continuar
Se a distribuição não tiver igualdade
Os pobres terão uma curta longevidade
Nem terão forças para o cinto apertar

Que tenha pulso bem forte quem manda
Limite abutres do PNB e fundos da CEE
Que faça os ergófilos dar à mão e ao pé
De contrário acabaremos todos de tanga

Com boa politica e trabalho para todos
Que o povo tenha boas condições sociais
Não precisamos de ter dinheiro a rodos

Queremos trabalho ânimo alegria e paz
Que acabe a crise, preocupações e ais
E haja investimento e emprego eficaz

O tempo que Deus nos dá

Deus pede-nos do tempo uma estreita conta
Precisamos de dar contas a Deus deste tempo
Mas como podemos dar desse tempo tanta conta
Se nós perdemos sem ter em conta tanto tempo.

Para fazermos o tempo da nossa real conta
Foi-nos dado por nossa conta tanto tempo
Se não nos cuidarmos no tempo vai-se a conta
No fim, sentimo-nos sem conta e sem tempo.

Aqueles, que têm muito tempo e que têm conta
Que o não gastem em passatempos esse tempo
Cuidai enquanto tendes tempo da vossa conta.

Aquele, que não cuida bem do seu bom tempo
Que nem tenha feito preço certo e boa conta
Do tempo perdido terá de certo algum tormento.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Os traumas das moradas

Vários exemplos:
SE um indivíduo comprar um andar em Carnaxide.
Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só
tinha um problema, é em Carnaxide. Nunca mais ninguém o vê.
Para quem vive em Lisboa, parecia-lhe que tinha emigrado para a
Marrocos! Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em ide,
como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide a quem as
pessoas de Lisboa não ligam pevide, por serem lugares de gente
humilde. Como intitulavam o pessoas que moravam na outra banda do
outro lado do tejo em Almada e arredores.
Um palácio que tenha sessenta quartos em Carnide é sempre mais
traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça
da situação geográfica.
Quando se Está numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação
ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura
da casa não interessam. Mas detestam-na imediatamente quem disser que
mora em Massamá,Brandoa, bairro Pica Pau amarelo, Cumeada, Agualva-
Cacém, Abuxarda,Alformelos, Murtosa, Angeja.
Ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia dos países africanos
de lingua oficial portuguesa, de outros países de Africa ou onde haja
bairros de ciganos portugueses ou romenos.
Ao ler os nomes de alguns sítios - Penedo, Magoito, Esporrais
(Modadouro).
Venda das raparigas(Alcobaça), Benlhevai e Nabo (concelho de Vila
Flor),Finca Joelhos (concelho de Avi), Resto (Santiago do Cacém).
Imagine-se o impacte de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio
de um jantar. Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).Só para ouvir dizer
que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).
É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que
acorda,logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na
localidade de Vergão Fundeiro?
Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o
nome de uma versão transmontana do Garganta Funda. Eu sou da Fonte
da Rata"(Espinho). Também qualquer bilhete de identidade fica
comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe
e Vai-te (Oliveira do Bairro).
Em Ingles seria: I am from foutain of drink and go away.
Um povoado chamado Cabrão, ( concelho de Ponte de Lima) !
Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer
um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando
pelo Corte Pão e Água (Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde),
e acabando a comprar rebuçados em Bombom do Bogadouro (Amarante),
depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã).
É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".
compreende-se por isto e outras razões Portugal não estava
preparado para se integrar na Europa.
É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".
Os actauais urbícolas poucos são urbígenas: de faro,Vseu, Braga,
Coimbra,Porto ou de Lisboa.
Aqueles que nasceram nas localidades de nomes tão estranhos, quando
passam a ser urbícolas, até dizem que são naturais da cidade onde
habitam.

Solidariedade Masculina

Uma mulher estava na cama com o amante quando ouve o marido chegar
e diz-lhe:
- Depressa, fica de pé e muito quieto ali no canto.
Rapidamente, ela cobriu o corpo do amante com óleo e pó-de-talco e
disse-lhe:
- Finge que és uma estátua. Eu vi uma igualzinha na casa dos nossos
amigos Almeidas!
Pouco depois, o marido entra e pergunta:
- O que é isto?
E ela, fingindo com muita naturalidade:
- Isto? Ah, é uma bonita estátua! como vi uma igual em casa dos
Almeidas,gostei tanto de ver aquela estátua tão elegante que decidi
comprar esta igual para termos também em nossa casa!
Naquela noite, não se falou mais da estátua.
Às duas da madrugada, a mulher já estava ferrada a dormir, pois estava
cansada de fazer um boa clinoterapia. O marido ainda
continuava acordado no quarto a ver um Derby de fufebol pela televisão.
Passado algum tempo, ele levantou-se foi até à cozinha comeu qualquer
coisa e trouxe uma sanduíche e uma latinha de cerveja gelada e volta
para o quarto.
Ali, dirigiu-se para a estátua e diz:
- Toma. Come e bebe alguma coisa, seu filho da p...! Eu fiquei dois
dias, em tua casa que nem um idiota, nem um copo de água me destes!!
Responde o homem estátua.
- Tu estava mais disfarsado do que eu estou meu grande cabr..! Se me
tivesse apercebido que eras tu levavas com uma garrafa de litro nos
co.n.s. Mas só descobri muito mais tarde ,por isso, é quis fazer-te o
mesmo.
Sendo assim, vamos petiscar para a cozinha onde poderemos falar melhor
neste assunto. As nossas mulheres não sabem entre elas o que se
está passar connosco.
Elas gostam de variar sem saberem uma da outra nós sabemos e vamos
variando com elas e com outras quando nos for possível
... A isto é o que se chama Solidariedade Masculina!