quarta-feira, 11 de abril de 2012

Numa viagem de avião em voo interno

Um politico da região de Lisboa seguia a bordo de um avião,
de Lisboa para Bragança.
No lugar ao seu lado estava ocupado por um jovem transmontano
da região do Vale da Vilariça com cerca quinze anos de idade.
O jovem tinha um ar sério e compenetrado.
Assim que o avião descolou, o rapaz abriu um livro, mas
poíitico puxou-lhe conversa.
- Ouvi dizer que o voo parece mais curto se conversarmos com o
passageiro do lado. Gostarias de conversar comigo?
O jovem fechou calmamente o livro e respondeu:
- Talvez seja interessante. Qual o tema que gostaria de
discutir?
- Ah, que tal política? Achas que devemos dar o benefício da
dúvida ao novo Primeiro Ministro?
O adolesceste suspirou e replicou:
- Poderá ser um bom tema, mas, antes, gostaria de lhe colocar
uma questão.
- Então diz lá! - Encorajou o político.
- Os burros, cavalos, as vacas e os cabritos comem a mesma coisa,
certo? Pasto, ervas, rações. Concorda ?
- Sim. - Disse o político.
- No entanto, os excrementos dos burros são pequenos rectângulos,
dos cabritos são umas bolinhas, as vacas largam placas de bosta
e, os cavalos,umas bolas bem grandes... Qual é a razão para isto?
Politico pensou por alguns instantes, mas acabou por confessar
que não sabia a resposta...
E o jovem concluiu:
- Então como é que o senhor se sente qualificado para discutir
quem deve governar Portugal se não entende nada de Fezes
(mer.a)!...

Nova ortografia

Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o
computador já retira automaticamente o C na pretensão de me
ensinar a nova grafia.
De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio
vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais
na língua portuguesa.
Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim.
Foram muitos anos de convívio!
Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC's
e PPP's me acompanharam em tantos textos e livros desde a
infância.
Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da
professora: - não te esqueças de mim!
Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem
diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí.
E agora as palavras já nem parecem as mesmas.
O que é ser proativo?
Custa-me admitir que, de um dia para o outro, se trabalhar
numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns
também que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os
meus sapatos.
Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas
palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou
autorretrato.
Caíram hifenes e entraram RRR's que andavam errantes.
É uma união de facto, e para não errar tenho a obrigação de os
acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não
vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem.
Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE's
passaram a ser gémeos, nenhum usa (^) chapéu.
E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo
para terem privilégios. Assim, temos janeiro, fevereiro, março,
são tão importantes como peixe, flor, avião.
Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras
são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que
já não tenham.
As palavras transformam-nos.
Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas
é tempo de crescer e encontrar novos amigos.
Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do C não me
faça perder a direção, nem me fracione, e nem quero tropeçar em
algum objeto.
A verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem
atuante com um C a atrapalhar.
Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a
escrita, se a LÍNGUA É NOSSA!...
Os ingleses não o fizeram, os franceses desde 1700 que não
mexem na sua língua e porquê nós ?
Ou atão deichemos que os 35 por cento de analfabetos
afroamaricanos fassão com que a nova ortografia imponha se bué
depréça !

A mulher de hoje

Eva criada para companheira de Adão
Mais tarde a mulher purissima Maria
Que deu à luz quem trouxe a salvação
Com todo esse trabalho não bastaria

Passou a ser mais mulher de verdade
De tudo que fez o que viveu e sentiu
Para si, filhos, marido e sociedade
Sonhou na igualdade que tarde viu

Sentia-se com uma força para algo mais!
Não só como mulher mãe, esposa ou filha
Queria pôr à prova todos os seus ideais!

Exercer quaisquer das profissões atuais
Ser mulher ativa arrimo da sua família
Nunca queixando que o trablho é demais

A roupa ou um carro fazem a diferença, mas não é tudo

À porta do hospital de Vila Flor, um médico vestido como
um cidadão qualquer conversava descontraidamente com o
enfermeiro e o motorista de uma ambulância.
Quando uma senhora parecendo elegante chegou e perguntou
rispidamente:
- Podem me informar onde está o médico de serviço deste
hospital?
Com tranquilidade o médico respondeu:
- Boa tarde, minha senhora! Em que posso ser útil?
Ríspida retorquiu:
- Será que o senhor é surdo? Não ouviu que procuro um médico?
Mantendo-se calmo,repetiu:
- Boa tarde, minha senhora! Sou eu médico neste hospital.
Em que posso ajudá-la?
- Como?! O senhor?! Com essa roupa?!
- Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse a procurar um
médico e não uma vestimenta.
- Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que vestido assim, o senhor
não parece ser um médico.
- Veja bem como são as coisas - disse o médico. Parece que as
roupas nem sempre dizem muito, pois quando a vi chegar,
elegantemente vestida,pensei que a senhora fosse sorrir
educadamente para nós e depois daria uma simpatiquíssima "boa
tarde!"
Moral da história:
Um dos mais belos trajes da alma é a educação.
Sabemos que a roupa e um carro topo de gama fazem a diferença,
mas não se pode negar, que há muitas pessoas que têm a falta de
educação, arrogância, falta de humildade. Julgam-se donas do
mundo e da verdade. A grosseria, a insolência e outras
qualidades negativas mancham logo qualquer vestimenta.
Às vezes bastam apenas 5 minutos de conversa para que o ouro que
nessa vestimenta se transforme em barro.