No meu tempo entre a adolescência e o início da vida adulta,
sentia-me descontente com o Estado Novo e de certa maneira
entusiasmado pelas leituras de Marx, Engels, Lenine, Trotsky
e outros filósofos. Acreditei que a propriedade coletiva dos
meios de produção era a condição para uma sociedade mais
justa, em que cada um receberia de acordo com as suas
necessidades e segundo o seu trabalho.
Mas agora Já mais gordo na idade e peso e até já careca que
dependente de óculos para ler. Continuo a achar muito sedutora a ideia de uma sociedade sem exploradores nem explorados, mas, depois de Stalin, Mao e Fidel terem falhado catastroficamente as tentativas de levar à prática a generosa teoria marxista, converti-me à superioridade da economia de mercado.
Tal e cal coma mim!
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