Num
tribunal em
Lisboa.
Umas das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira
metade do século XX, teve a ver com a defesa
de um arguido
acusado
de chamar "filho da puta" ao ofendido, expressão que,
na
altura, era considerada altamente ofensiva.
Nas sua alegações, o escritor e advogado Ramada Curto
Nas sua alegações, o escritor e advogado Ramada Curto
começou
por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas
vezes
se utilizar essa expressão em termos elogiosos ("Ganda
filho
da puta, és o melhor de todos !") ou carinhosos ("Dá cá um
abraço,
meu grande filho da puta !"), tendo concluido as suas
alegações
da seguinte forma :
"E até aposto que, neste momento, V. Exa. está a pensar o
"E até aposto que, neste momento, V. Exa. está a pensar o
seguinte:
'Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado
'Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado
só para safar o seu cliente !' . . .".
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :
"O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao ganda filho
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :
"O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao ganda filho
da puta
do seu advogado".
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