Minha geração
esteve nas guerras
Lutas armadas sem
nenhum sentido
Foram feitas por ignorância e
castigo
Para quem defendeu aquelas terras
Ali ouvia-se só o
canto das espingardas
Onde apetecia
chorar e ninguém chora
Todo o ruído era
receoso a toda hora
De noite e dia fazendo vigilância- guardas.
Dias de dura chuva, vento e cálidos estios
Noites de breu o ar em gume de arrepios
Onde medo era mais forte que calor e frios
Na guerra
espreitava sempre a morte
Nos vales, montes,
na mata ou nos rios
Na guerrilha não há lei do mais forte
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