À medida que
se sobe na escala hierárquica, aumentam as
obrigações e diminuem os direitos. Conheço muito poucos
portugueses cientes desta diferença absolutamente essencial
entre mandar e comandar:
obrigações e diminuem os direitos. Conheço muito poucos
portugueses cientes desta diferença absolutamente essencial
entre mandar e comandar:
quem manda dá ordens; quem comanda dá o exemplo.
Por isso, abundam por aí muitos chefes e muito poucos
líderes chaga-se á conclusão que muitos só aprenderam a
coagir.
Por isso, abundam por aí muitos chefes e muito poucos
líderes chaga-se á conclusão que muitos só aprenderam a
coagir.
Já Camões se
queixa va disso ao rei D. Sebastião, no final do
Canto X de “Os Lusíadas”: «Fazei, Senhor, que nunca os
admirados/ Alemães,
Canto X de “Os Lusíadas”: «Fazei, Senhor, que nunca os
admirados/ Alemães,
Galos, Ítalos e Ingleses,/
Possam dizer que são pera
mandados,/ Mais que pera mandar, os Portugueses.» Ora,
é 3 precisamente isso que hoje toda a Europa (e não apenas
os alemães, franceses, italianos e ingleses) pensa dos
portugueses:
mandados,/ Mais que pera mandar, os Portugueses.» Ora,
é 3 precisamente isso que hoje toda a Europa (e não apenas
os alemães, franceses, italianos e ingleses) pensa dos
portugueses:
Somos
melhores para ser mandados do que para mandar.
Há um ditado
japonês de que eu gosto muito porque
transcreve uma evidência da qual depende o sucesso das
sociedades e associações: "Quando duas pessoas pensam da
mesma maneira, uma é dispensável." E o que se constata em
Portugal é que, salvo raras excepções, quase toda a gente é
dispensável na medida em que a esmagadora maioria pensa
como o seu chefe, ou melhor, nem sequer pensa: limita-se a
reproduzir, como um papagaio o que o chefe diz, ao que se
pode chamar de psitacismo.
Muitos dos
chefes portugueses em todos os orgamismostranscreve uma evidência da qual depende o sucesso das
sociedades e associações: "Quando duas pessoas pensam da
mesma maneira, uma é dispensável." E o que se constata em
Portugal é que, salvo raras excepções, quase toda a gente é
dispensável na medida em que a esmagadora maioria pensa
como o seu chefe, ou melhor, nem sequer pensa: limita-se a
reproduzir, como um papagaio o que o chefe diz, ao que se
pode chamar de psitacismo.
estatais ou não, cientes da sua mediocridade e da sua
incompetência, odeiam os subordinados inteligentese tentam
apoucá-los sempre que podem.
Desde o berço, há todo um esforço da sociedade portuguesa
na formatação do pensamento único, para que ninguém
ouse dizer, em
voz alta, aquilo que todos vêm: o Rei vai nu.
Como dizia Bertrand Russell, "o problema do mundo de hoje
é que as cheias de certezas." É, por isso, absolutamente
natural que os nossos chefes, cheios de certezas, tenham
horror às pessoas inteligentes.
Como dizia Bertrand Russell, "o problema do mundo de hoje
é que as cheias de certezas." É, por isso, absolutamente
natural que os nossos chefes, cheios de certezas, tenham
horror às pessoas inteligentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário