terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Ex-combatentes a sós

Considerando as Guerras de África em que os Ex-Combatentes estiveram 
envolvidos, seria de toda a justiça que usufruíssem de condições especiais
 em relação aos outros cidadãos pelo que sofreram. O que se traduziria por 
uma espécie de simples compensação: pelo risco de vida a que estiveram 
expostos pelo menos durante dois anos, pelos sacrifícios que passaram, por
todos os maus tempos de toda a ordem e de todas as adversidades a que 
estiveram sujeitos durante esse período bélico!
Se os nossos políticos tivessem feito parte efetiva desta guerra, creio que 
saberiam melhor valorizar e acarinhar os nossos Ex-Combatentes!
Considerando pouca atenção que os politicos têm dado aqueles que 
serviram a Pátria nos tempos difíceis, leva-me a crer o seguinte: 
que a maioria dos políticos atuais não tinha a idade durante o perído bélico,
 outros fugiram para estrangeiro e aqueles que fizeram parte da guerra,
 fizeram-na, mas na retaguarda no ar condicionado, por isso não sabem 
avaliar o sofrimento daqueles que cumpriram a sua obrigação militar em 
tempos de guerra  do ex-ultramar!...

Rafael

Algo da vida de Rafael

No acróstico deste poema pode-se descobrir o autor.

Rumei direto a maior Lusitana Cidade
Abandonei trabalhos da faina agrícola
Farto de executar tarefas sem dignidade
Aí arranjei uma profissão mais nobre
Engajado como militar tornei-me urbícola
Libertei-me de um ambiente estulto e pobre


Cumpri sempre a meu devido dever
Onde exerci com lealdade as funções
Este emprego que nunca quis perder
Limitei críticas para acautelar o futuro
Havia homens que só exibiam seus galões
Obrigaram-me às vezes a um silêncio duro


Desanimado com momentos de monotonias 
E conviver com certos imorais por necessidade
Somei muito mais tristezas que alegrias
Oposição provinha da parca idoneidade
Undícola  fui da  maledicência me senti
Zéfiros maus apoucaram-me sem verdade  
Ajudas não tive, mas alguns sabujos venci


Outro poema

  Poemas são versos pintados a tinta,
  Despertando, do nada coisa alguma,
  Que descobrem no escuro, na bruma
  Um incentivo engenho e arte distinta.

  A poesia espicaça o canto e na dança
  Que o povo devia ver, meditar e ler
  Aquilo d´outros seu  podia também ser
  Como primaveras de natural mudança

  Palavra rimada, música que não peca
  Ação que anima, dá força que acalenta
  É fruto maduro, não perece não seca

  Dá luz para ver outros bons horizontes
  Escuros, quem não os vê não comenta
  Se não vislumbra  do cimo dos montes

Poema sobre Rafael

  Deixo-vos estes poemas parece impossível
  Mesmo que talento não tenha nem sinta
  Em registá-los em papel branco e a tinta
  Expondo o algo que há em mim mais invisível

  Quero mostrar tudo que em mim habita
  Que partes da minha vida, fiquem escritas
  Em livros, internet, folhas, gravações ou fitas
  Para que analisem o meu ego e como cogita

  Observem sem criticas e sensações confusas
  Já chega de sofrimentos no físico e na alma
  Deixem-me navegar abram todas as Eclusas
  
  Não ponham mais abrolhos no meu caminho
  Basta de tristezas, quero viver com calma
  E fazer o resto da viagem tranquilo, sozinho

  

Escritores e Historiadores mais antigos

Deixo para trás todos os trovadores
Relembro apenas D. Sancho e D. Dinis
As cantigas de amigo e de amores
De escárnio e mal dizer e outra matiz.

Fernão Lopes, pai da história pelo que fez
Igualou o francês Froissart como cronista
Foi considerado o Heródoto português
O  Historiador mais  penetrante e realista.

O Histologista Gomes Eanes de Azurara
E também o cronista como Rui de Pina
Fernão Lopes ninguém mais igualara
Descrevia bem a ação que o povo tinha.

Todas as poesia dos nossos trovadores
Foi Garcia de Resende que a reuniu
Poeta cronista dos grandes compiladores
De poemas antigos ricos, que ele descobriu.