quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O muro de Berlim


O IDEALIZADOR DO MURO
Ninguém desejava uma muralha de pedra e concreto armado mais do
que Walter Ulbricht, o chefe de Estado da República Democrática
 Alemã (RDA) Ou melhor ( Républica Déspota Alemâ) Ele precisava
 dela para impedir o êxodo de milhares de pessoas que detestavam 
este regime e queriam ir para o outro Estado alemão, a República 
Federal da Alemanha.
 A União Soviética não apoiou de início da construção do Muro de 
Berlim, em 13 de agosto de 1961
TANQUES CARA A CARA
Nas semanas que se seguiram à construção do Muro de Berlim, a
 Guerra Fria atingiu um dos seus momentos mais dramáticos.
 A tensão entre os EUA e a União Soviética podia ser vista claramente
 no posto de controle da rua Friedrich, o chamado Checkpoint Charlie,
 no centro de Berlim: tanques americanos e soviéticos permaneceram
 durante dias, frente a frente, à espera de um comando de ação militar.
UMA FORTALEZA
Partes do Muro de Berlim tinham o aspecto de uma verdadeira 
fortaleza para intimidar os alemães orientais.
Tinha uma pista para o transporte de soldados e guarita para controlar
 as ocorrências nos dois lados da linha divisória. Além da muralha,
 uma terra de ninguém' com campo minado e cerca de arame farpado
 impedia o acesso ao Muro, no lado oriental.
KENNEDY  VISITA O MURO
Em junho de 1963, quase dois anos depois da construção do Muro,
 o presidente norte-americano John F. Kennedy visitou Berlim para
 informar-se sobre a divisão da cidade. Acompanhado pelo então
 prefeito Willy Brandt, Kennedy foi aclamado pela população
O SÍMBOLO ISOLADO
O símbolo arquitetônico de Berlim, o Portão de Brandemburgo, ficou
 inteiramente isolado com a construção do Muro. O acesso a ele só
 era possível a partir do lado oriental da cidade, ficando reservado
 às autoridades policiais, militares e aos próceres do regime comunista.
Hoje, a área circunvizinha do Portão de Brandemburgo é novamente
uma das mais movimentadas e freqüentadas da capital alemã.
PEDRA SOBRE PEDRA
Depois do fechamento das ruas de Berlim, selando a divisão da cidade
 a partir de 13 de agosto de 1961, o governo comunista da Alemanha
 Oriental ordenou a construção do Muro. Vigiados de perto pelos
 soldados do chamado Exército Popular Nacional (NVA), os operários
demoliram os prédios localizados na linha divisória, construindo uma
 muralha e um campo minado em seu lugar.
HORA DA OPÇÃO
No dia 15 de agosto de 1961, o soldado alemão-oriental Conrad
Schumann foi destacado para controlar a linha divisória na rua
 Bernauer, marcada por arames farpados, pois o Muro ainda não
 estava pronto.
 Schumann viu chegar assim o seu momento de opção: jogou fora
o fuzil e pulou sobre o arame farpado, passando para o lado ocidental.
 A cena foi presenciada – e fotografada – por jornalistas que
 acompanhavam o desenrolar dos acontecimentos em Berlim.
A MORTE JUNTO AO MURO
Muitas cenas espetaculares de fuga acompanharam o Muro de Berlim
 em toda a sua história. Algumas com final feliz, mas centenas de
 pessoas que queseram fugir à repressão e probreza~tiveram um
 desfecho trágico. 
Mas aquele regime era muito elogiado pelos comunistas europeus em
 especial pelos comunistas portugueses e franceses. Por que os
 espanhóis e italianos não concordavam com aquela grande repressão
 ao povo.
  Estes factos veridicos são os paradoxos dos regimes politicos..
 A primeira vítima fatal foi o jovem Peter Fechter, em 17 de
 agosto de 1962. Atingido pelos disparos da guarda de fronteiras
 da RDA, Fechter agonizou durante 50 minutos na chamada 'terra
 de ninguém', falecendo pouco depois de ser recolhido pela polícia
alemã oriental.
A última oportunidade
No dia em que foi iniciada a divisão de Berlim, o domingo 13 de
 agosto de 1961, e nos dias subsequentes registraram-se cenas
dramáticas como a de uma mulher tenta saltar da janela de
 uma casa do lado oriental para fugir para a parte ocidental de Berlim.
 Um policial tenta puxá-la de volta, enquanto berlinenses ocidentais
 procuram apoiá-la na fuga, que acaba obtendo êxito. Nas semanas
 seguintes, esta casa – como outras na linha fronteiriça – foi demolida,
 abrindo espaço para a construção do Muro.
FUGA COM UM BALÃO
Na noite de 16 para 17 de setembro de 1979, duas famílias da
Alemanha Oriental lograram uma fuga sensacional. Os casais Strelzik
 e Wetzel, com seus quatro filhos em idade entre dois e 15 anos,
 conseguiram cruzar a fronteira em direção à Alemanha Federal a
 bordo de um balão de ar quente, que eles próprios construíram às
 escondidas, durante meses de trabalho. O balão pousou de
madrugada em Naila, na Baviera, sem chamar a atenção dos guardas
 de fronteira.
PROPAGANDA DOS DOIS LADOS
Em outubro de 1964, foi posto um cartaz (à esq.) no lado oriental de
 Berlim com os dizeres: 'Acordos sobre salvo-condutos são melhores
 que provocações'. Poucos dias depois, foi afixada nas proximidades
a resposta ocidental: 'O Muro continuará sendo uma provocação,
 mesmo com salvo-condutos!'.
PLATAFORMA PARA PICHAÇÕES
Em toda a sua extensão, o Muro de Berlim tornou-se uma plataforma
 de pichações no lado ocidental. Com lemas políticos ou meros
 desenhos, milhares de berlinenses e de turistas lançaram mão dos
 aerossóis para deixar uma mensagem colorida sobre o concreto.
Como a profecia de que  'Berlim ficará livre do Muro'.
A FESTA FINAL
Com a presença do convidado especial – o chefe de Estado e de
partido da União Soviética, Mikhail Gorbachev – foi comemorado
 no dia 7 de outubro de 1989 o 40º aniversário da República
 Democrática Alemã. Para irritação da liderança comunista da RDA,
 Gorbachev advertiu para a urgência de reformas no país.
O FIM DE UMA CARREIRA
Poucas semanas após as festividades comemorativas do 40º
 aniversário da República Democrática Alemã, o chefe de Estado e
de partido Erich Honecker foi destituído de todas as suas funções.
 A pressão dos protestos populares e as fugas em massa da RDA
 fizeram com que os comunistas mais velhos ainda tentassem salvar
 o regime, depondo a liderança conservadora. A rebelião palaciana
 não trouxe o efeito desejado: os protestos continuaram, culminando
 com a queda do Muro de Berlim.
A CONFUSÃO HISTÓRICA
Durante uma entrevista coletiva no dia 9 de novembro de 1989, o
 jornalista e membro do politburo do SED – Partido Socialista
 Unificado – Günter Schabowski, interpretou erroneamente um
 comunicado oficial do governo da Alemanha Oriental, anunciando a
 abertura das fronteiras entre as duas partes da Alemanha. Poucas
 horas depois, a pressão popular fez com que a guarda de fronteiras
da RDA abrisse o Muro de Berlim.
A DANÇA SOBRE O MURO
No dia 10 de novembro de 1989, berlinenses orientais e ocidentais
 confraternizaram-se com uma verdadeira dança sobre o Muro,
que deixara de ser uma barreira desde a noite anterior. Ao fundo,
o Portão de Brandemburgo – o símbolo de Berlim. Com as fronteiras
abertas, milhares de cidadãos alemães orientais foram
 imediatamente à parte ocidental da Alemanha, para fazer compras,
 visitar parentes e amigos ou simplesmente para satisfazer a
curiosidade pessoal.
OS 'PICA-PAUS' DO MURO
Depois do dia 9 de novembro de 1989 foi apenas uma questão de
meses até que o Muro desapaorecesse inteiramente da paisagem
 de Berlim. Ficaram famosos na épca os chamados 'pica-paus' do
 Muro: berlinenses e turistas que, armados de martelo e cunha,
arrancaram pedaços da muralha para guardar de lembrança.
Por muito tempo, lojas de souvenires em Berlim ofereceram
 lascas de concreto com um duvidoso 'certificado de autenticidade'.
RDA É HOJE PURA NOSTALGIA
Diante do Museu de Checkpoint Charlie e fantasiado de guarda
de fronteira da RDA, o berlinense Wolfgang Kolditz carimba – com
 um carimbo postal original da Alemanha comunista – os cartões e
 lembranças comprados pelos turistas, dez anos após a queda do
 Muro. Naquele local esteve o mais famoso posto de controle,
 conhecido em todo o mundo através de inúmeros filmes sobre
 espionagem da Guerra fria entre O pacto da Varsóvia liderado
 pelos ruossos  e a Nato liderada pelos americanos

Sem comentários:

Enviar um comentário