domingo, 8 de setembro de 2019

As Forças Armadas de Portugal.


Tenho cinco irmãos e todos fizemos o serviço militar
obrigatório. Só eu, de todos ascendentes e outros
 parentes, que eu saiba, por uma questão de melhor
 emprego época,decidi segui a carreira militar, da qual 
estou reformado. 
Muitos anos depois convivi muito de perto com centenas
 de militares dos três ramos das F. Armadas  quer em 
África (durante 13 anos de guerra) e em Portugal.
Durante trinta e quatro que estive na Marinha. Aí, pude
 testemunhar as qualidades de carácter, honra, palavra,
 coragem e espírito de serviço das nossas Forças
 Armadas.
Não digo isto por favor; digo-o por justiça. Os militares
 são, sem dúvida, “boa moeda” que o país não aprecia
 devidamente e que os políticos respeitam com  um
 indisfarçável enfado do dever de ofício.
Às vezes esquecem que as Forças Armadas são a
garantia da soberania de qualquer Estado! Para além
da segurança e defesa do território e dos cidadãos e
 da cooperação em contingentes internacionais
humanitários e de paz. Onde têm recolhido grandes
elogios unânimes pela elevada qualidade do seu
 trabalho, desempenham outras missões insubstituíveis no
 apoio às populações, em busca e salvamento, evacuações
 médicas, transporte de órgãos para transplante, combate
 a incêndios e auxílio em catástrofes naturais. E ainda outras
 missões interesse público, não relacionadas com a defesa.
Também esquecem, muitas vezes, a singularidade da
condição militar. Quem mais de nós está obrigado,
moralmente, por juramento diante da bandeira nacional,
e juridicamente, por imposição legal expressa, a sacrificar
 a própria vida pelo País? Em todas as funções são
 exigidos sacrifícios, mas uma pessoa vincular-se ao deve
 jurídico de dar a vida pelos outros não tem paralelo! Isto
não é teoria nem conversa. Há neste momento centenas
de homens e mulheres destacados em missões
internacionais, várias delas em palcos de elevado risco,
como no Afeganistão, Iraque e República Centro-
Africana.
Os nossos militares entram muitas vezes em acções de
combate armado.
 Desde 1991 destacámos 36.363 militares nessas
 missões internacionais e tivemos 20 mortes em serviço
(17 das
Forças Armadas e três da GNR). Ainda recentemente,
um jovem soldado, de 23 anos de idade, perdeu as
 duas pernas na República Centro-Africana, numa
missão de transporte logístico.
Isto para nem falar das sequelas psicológicas com
que muitos regressam às famílias. Segundo o estudo
As Consequências a Nível da Saúde Psicológica da
 Participação nas Guerras de África, do Afeganistão e
Iraque, Kosovo, etc.
Recentemente, o Presidente da República chamou a
atenção para a necessidade de aumentar as
remunerações nas Forças Armadas. Nisso tem razão.
E há mais coisas que precisam ser vistas. Como
alertou o chefe de Estado-Maior General das Forças
 Armadas, os recursos humanos necessários para
 assegurar as missões estão numa situação
insustentável.
Falta pessoal na Marinha no Exercito e Força Aérea.
É o ponto fulcral
Exigem muito, a quem dá tudo e em troca de pouco!
O carácter de uma nação vê-se como trata os seus
 seus combatentes. Os militares morrem mais 
cedo quando a Pátria se esquece deles!

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