quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Soneto sobre Rafael


            Sou homem polidoente, tomo remédio,
            Para a doença física, e para o intelecto?
            Mas é difícil encontrar  fármaco  certo,
            Estar na base do  saber causa me tédio.
      

            Por plutas causas a patogenia me fez fragil
            Fui muito limitado no meu exíguo talento,
            Assim fiquei  no rés-do-chão do conhecimento,
            Não pude subir mais alto, ser ativo e  ágil.
           

            Eliminar as patologias do escasso saber,
            Não há  fármacos que me façam efeito,
            Quando  provêm das condições do  nascer.

            Se meu desejo de ir além fosse permitido
            E não me alargar por excesso nem defeito,                  
           A minha vida teria outro melhor sentido.





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