A História, muito abreviada,
das Caravelas Portuguesas
A História das Caravelas Portuguesas. O impacto
desta inovação transformou Portugal na principal
potência marítima e económica do
século XVI.
Quando os Portugueses iniciaram as
viagens dos
descobrimentos marítimos, nos inícios do
século XV, a Europa
tinha um conhecimento muito limitado do oceano
Atlântico.
Em 1421, o Infante D. Henrique começou a enviar seus navios
para Sul, com o objetivo de ultrapassar
o Cabo Bojador,que
era
então, para muitos, o fim do mundo.
Doze anos depois, o navegador Gil Eanes conseguiu dobrar o
Cabo, revelando que era possível continuar em
frente, ao
contrário do que diziam as lendas que
circulavam então,
segundo as quais o mar era baixo (os navios
não teriam
altura de água suficiente para poderem flutuar)
e as
correntes muito fortes impedindo o
prosseguimento das
viagens.
Nesta primeira fase, os navegadores do Infante
D.
Henrique usaram barcas, umas embarcações
pequenas
que eram também empregues na navegação
costeira e
fluvial, e que tinham um só mastro com uma
vela.
As maiores barcas teriam cerca de 30
tonéis de arqueação,
e isto quer dizer que podiam transportar
30 tonéis
(30 toneladas) ou seja, barris com cerca
de 1,5 metros de
altura por um metro de largura máxima.
Foi nestas barcas que seguiram os
primeiros navegadores
do Infante, tal como Gil Eanes. Mas
quando este navegador
passou o Cabo, viu que podiam ser
empregues barienel
maiores, e na viagem seguinte foi usado
um navio do qual
se sabe muito pouco.
No princípio dos anos quarenta do século
XV as viagens
para Sul conheceram um novo impulso,
depois de um curto
período de paragem. As 2 circunstâncias,
porém, tinham
mudado entretanto.
Os Portugueses navegavam então em mares
que nunca
tinham sido sulcados pelos europeus, com
ventos e correntes
que desconheciam, e as viagens tornavam-se
cada vez mais
longas.
Era preciso um novo tipo de navio para
ultrapassar estas
dificuldades. Foi assim que surgiu a caravela.
Era uma
embarcação com cerca de 50 tonéis e dois
mastros, cada
um com uma grande vela latina, isto é,
uma vela com
formato triangular, um pavimento corrido da popa
à proa,
e um
pequeno castelo à popa: na verdade apenas um
sobrado mais alto.
Debaixo do convés guardavam-se os mantimentos
e outras mercadorias, mas o espaço era muito
apertado, porque o casco do navio era muito esguio.
A caravela foi o navio ideal para as explorações,
durante todo o século XV. O casco afilado e as
velas latinas tornavam-na muito veleira, quer dizer,
era um navio que andava bem à vela.
Com estas velas podia navegar à bolina, ou seja,
prosseguir numa rota em zigue-zague contra a
direção do vento.
Por outro lado, sendo uma embarcação relativamente
pequena, podia seguir junto às costas, entrar nas
embocaduras dos rios e subir pelo seu curso,
explorando um pouco do interior do continente.
Ao mesmo tempo, porém, a caravela era maior que os
navios que os Portugueses tinham empregue até então,
nas primeiras viagens, e isso queria dizer que podia
levar mais mantimentos e água potável para os
tripulantes, e assim as viagens podiam ser cada vez
mais longas.Cabo da Boa Esperança.
As caravelas foram os navios dos Descobrimentos
portugueses desde c. 1440 até 1488, quando
Bartolomeu Dias passou oCabo da Boa Esperança e
entrou no Oceano Índico, na expedição que abriu
o caminho para a viagem de Vasco da Gama e para
o descobrimento do caminho marítimo para a Índia.
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