Como pais, nós aprendemos que nem
toda a sabedoria e amor no mundo podem
proteger nossos filhos de tudo. O problema é
que, muitas vezes, isso nos causa
enorme frustração e, por medo
de ver nossos filhos machucarem-se,
acabamos
protegendo-os demais. Isso é
natural e acontece com qualquer pai e mãe uma
vez ou outra, mas será que isso
não está interferindo na independência de nossos
filhos e impedindo que eles
se tornem tudo aquilo têm o potencial de ser?
Tanto o medo quanto a falta
de compreensão desempenham um papel nisso, além
da "mania" de cada
nova geração de pais querer compensar algo que a geração
anterior não fez. Os pais de hoje
têm se preocupado mais com o agora, em vez do
amanhã. Muitos deles
tiveram pais que colocaram seu foco no futuro: estudar,
poupar dinheiro, garantir a sua
reforma.
Em resposta, a geração de hoje usa a ideia de "abrace o momento, tu
mereces, carpe diem"
(aproveitar o dia presente), o que, para muitos, resultou em
dívidas de cartão de crédito e incapacidade
de adiar a gratificação.
A verdade é que os pais que são
capazes de se concentrar no amanhã preparam
melhor seus filhos. Mimá-los pode
nos fazer sentir bem agora, mas irá machucar
suas chances de atingir todo o seu
potencial no futuro.
Aqui estão sete comportamentos
prejudiciais, que impedem as crianças de se
tornarem tudo aquilo que podem
ser:
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1. Nós não
deixamos nossos filhos correrem riscos
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Nós vivemos em um mundo que nos
adverte do perigo em cada momento. A
preocupação com a "segurança
em primeiro lugar" reforça nosso medo de perder
nossas crianças e, portanto, fazemos tudo o
que podemos para protegê-las.
Afinal, esse é o nosso papel,
mas nós acabamos, muitas vezes, isolando-os de
riscos que podem ser saudáveis, o
que tem um efeito adverso. Psicólogos. Na
Europa descobriram que crianças que não brincam
fora de casa e nunca têm
experiências como um joelho
esfolado, por exemplo, frequentemente têm
fobias quando adultos. As crianças
precisam cair algumas vezes para saber que
é normal; adolescentes precisam
romper um namoro para apreciar a maturidade
emocional que os relacionamentos
duradouros exigem etc.
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2. Nós os
resgatamos imediatamente
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A geração de hoje não
desenvolve o mesmo preparo para a vida que as crianças
há 50 anos, porque os adultos
tendem a cuidar de todos os problemas por elas.
Quando resgatamos muito rapidamente e
ajudamos em excesso, eliminamos a
necessidade
dos nossos filhos de navegar as dificuldades e resolver problemas
por
conta própria. Mais cedo ou mais
tarde, as crianças se acostumam em ter alguém
para resgatá-los e sabem que se
falharem, um adulto irá acalmar as coisas e
remover quaisquer consequências da
sua má conduta.
O problema é que o mundo real não
funciona assim e, portanto, nós acabamos
impedindo que nossos filhos
se tornem adultos competentes e responsáveis.
É importante encontrar o
equilíbrio entre proporcionar um ambiente de segurança
emocional e, ao mesmo, ensinar nossos filhos
a tomarem responsabilidade por
suas ações.
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3. Nós
elogiamos tudo, que eles fazem.
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Assista a um jogo da escola
de futebol e tu verás que todo mundo é um
vencedor. A mentalidade do
"prêmio de participação" pode ajudar nossos filhos a
se sentirem especiais, mas
pesquisas recentes indicam que esse método tem
consequências involuntárias. Uma
hora, a criança percebe que a mãe e o pai são
os únicos que pensam que ela é a
melhor em tudo, e começam a duvidar da
objetividade dos seus pais; ela se
sente bem no momento, mas logo sabe que isso
não condiz com a realidade.
Quando os pais elogiam muito facilmente, ou ignoram
o mau comportamento, as
crianças aprendem a fazer menos esforço, mentir, colar
na prova, exagerar suas
habilidades e evitar a realidade difícil, pois não foram
condicionadas a enfrentá-la. Mais
uma vez, o segredo é o equilíbrio: é preciso
elogiar e fortalecer a autoestima
da criança sempre que ela superar um obstáculo
ou atingir um objetivo, mas também ensiná-la
que não há nada de mal em não ser
o melhor em tudo, e que certas
coisas não vêm sem se fazer algum esforço.
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4. Nós
deixamos a culpa vencer a lição
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Seu filho não tem que te amar a
cada minuto. Seus filhos vão superar a deceção,
mas não vão superar os efeitos de serem
mimados o tempo todo. Então, aprenda a
dizer-lhes "não" ou "agora
não", e permita que eles lutem por aquilo que eles
realmente precisam e dão valor. Como pais,
queremos dar aos filhos tudo o que
querem e "premiá-los" por suas
conquistas, mas nos sentimos culpados, por exemplo,
em fazer isso com um dos filhos e não com o
outro. Por exemplo, quando um filho
se sai bem em alguma coisa, nós
sentimos que é injusto elogiar e recompensar sem
fazer o mesmo pelo outro filho.
Isso é irrealista e perde-se uma oportunidade de
reforçar para os nossos filhos que o sucesso
depende de nossas próprias ações.
Além disso, tenha cuidado para não
ensinar que uma boa nota na escola é
recompensada com uma ida ao
shopping, por exemplo. Se o seu relacionamento é
baseado em recompensas materiais, as
crianças não vão aprender a ter nem motivação
intrínseca, nem o amor incondicional.
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5. Nós
não falamos dos nossos erros no passado
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Adolescentes saudáveis vão
querer abrir suas asas e precisam experienciar as coisas
por conta própria. Nós, como
adultos, devemos deixá-los, mas isso não significa que
não podemos ajudá-los a navegar por essas
águas. Compartilhe com eles os erros
relevantes que você cometeu quando
esteve nessa fase de forma que os ajude a fazer
boas escolhas. Além disso, as crianças devem
se preparar para ter deslizes e enfrentar
as consequências de suas decisões.
Compartilhe como você se sentiu quando
enfrentou uma experiência
semelhante, o que o levou às suas ações, e as lições
aprendidas com isso. Já que não
somos a única influência sobre nossos filhos,
devemos ser a melhor nfluência,
sem ter medo de mostrar a eles que nós também
cometemos erros, e aprendemos com
isso.
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6. Nós
confundimos inteligência e talento com maturidade
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A inteligência é frequentemente
utilizada como medida de maturidade de uma
criança e, como resultado, os pais
presumem que uma criança inteligente está pronta
para o mundo. Isso não é o caso.
Alguns atletas profissionais e estrelas de Hollywood,
por exemplo, possuem talento inimaginável,
mas ainda são pegas em um escândalo
público. Só porque a super-dotação
está presente em um aspeto da vida da criança,
isso não significa que ela permeia todas as
áreas. Observe com cautela. Por exemplo,
a professora do seu filho pode
querer que ele pule um ano na escola, pois tem o
desenvolvimento cognitivo de uma
criança um ano mais velha. Mas e em outras áreas?
Seu filho tem a maturidade
emocional para ter um bom relacionamento com as
crianças mais velhas?
O mesmo vale para o outro lado da
moeda: não há uma "idade de responsabilidade"
ou um guia comprovado de quando uma criança
deve receber certas liberdades, mas
uma boa regra de ouro é observar
outras crianças da mesma idade. Se você perceber
que elas estão fazendo mais coisas
sozinhas do que o seu filho faz, você pode estar
atrasando a independência dele.
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7.
"Faça o que eu digo, não faça o que eu faço"
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Como pais, é nossa
responsabilidade sermos modelos da vida que queremos que
nossas crianças levem. Nós devemos ajudá-los
a se tornarem pessoas de caráter,
confiáveis e responsáveis
por suas palavras e ações. Como modelos dentro de casa,
nós podemos começar pela
honestidade - mentirinhas, por menores que sejam, um
dia vêm à tona e lentamente
corrompem o caráter. Observe a si mesmo nas pequenas
escolhas éticas que faz, porque seus filhos
vão notar também. Por exemplo, se você
não "dá um jeitinho" e
não escolhe atalhos éticos para conseguir o que quer, seus
filhos vão saber que isso não é
aceitável para eles também. Mostre a eles o
significado de altruísmo e amor ao
próximo, participando de projetos de voluntariado
com algum grupo da sua comunidade.
Deixe as pessoas e lugares melhores do que
você os encontrou, e seus filhos
vão fazer o mesmo.
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Está bem, falar é fácil,
mas depois de ler tudo isso, como os pais podem afastar-se
desses comportamentos negativos? Comece com
isso:
1.Converse com seus filhos,
principalmente adolescentes, sobre os problemas e
questões que você gostaria que
tivessem lhe ensinado antes de entrar na vida
adulta.
2. Permita que eles tentem
fazer coisas fora de sua zona de conforto, mesmo que
haja a possibilidade de fracasso.
3 Discuta com eles sobre as
consequências futuras de não aprender certas coisas
ou dominar certas disciplinas.
4. Ajude-os a
combinar suas habilidades com problemas do mundo real.
5. Faça com que participem de
projetos que exigem paciência, para que eles
que aprendam adiar a gratificação.
6 Ensine-lhes que a vida é feita
de escolhas e trocas; eles não podem ter e fazer
de tudo.
7. Simule e ensine, sempre que
possível, tarefas de adultos, como pagar contas ou
fazer negócios.
8 No início de sua vida adulta,
apresente-os a pessoas que poderão ser mentores
para sua vida profissional.
9. Ajude-os a vislumbrar um
futuro gratificante e, em seguida, discuta os passos
para chegar lá.
10. Sempre comemore o progresso
que eles fazem em direção à autonomia e
responsabilidade.
Bônus: Pergunte a si mesmo com frequência:
"Como estou a preparar meus
Filhos ou netos? Será que
estou sacrificando seu crescimento a longo prazo, pelo
meu ou seu conforto a curto
prazo?"
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sábado, 5 de março de 2016
Comportamentos que podem oprimir o potencial dos filhos
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