Escreveu ao MInistro da Defesa esta carta:
Exmo Sr. Ministro da Defesa.
Venho por este meio explicar-lhe a minha delicada situação actual.
Tenho 30 anos de idade, esta semana fui chamado para ir à inspecção
para depois cumprir o serviço militar como refractário. Sou casado
com uma viúva com 44 anos de idade. Ela é mãe de uma jovem de 23
anos, da qual sou padrasto - pai.
O meu pai, o ano passado, casou-se com a essa filha da minha
mulher.Neste momento o meu pai passou a ser o meu genro uma
vez que se casou com a minha fllha-enteada.
Deste modo a minha filha, ou chamemos-lhe, enteada, passou a ser a
minha madrasta, uma vez que é casada com o meu pai.
Eu e a minha esposa temos um filho do nosso casamento que tem 4 anos.
Este filho tornou-se o irmâo da mulher do meu pai, portanto e cunhado
e neto do meu pai.O que faz com que seja o meu tio,uma vez que é
filho da minha enteada e madrasta.
O meu filho é, portanto, também meu tio...
A mulher do meu pai teve no Natal um rapaz, que é ao mesmo tempo
o meu irmão, uma vez que ele é filho do meu pai,e meu neto
por ser o filho da minha enteada.
Desta maneira sou o irmão do meu filho e avô!
Perante esta complicada familiaridade, peço ao Sr Ministro,
peço-lhe que estude pacientemente o meu caso, porque sei que
não é permitido que o pai, o filho e o neto sejam
chamados à tropa na mesma altura.
Espero que tenha em consideração este meu inédito caso.
Leafar.
Já conhecia esta ensarilhada familiar, mas sob o título "Sou avô de mim mesmo".
ResponderEliminarE não tinha o pormenor da chamada à vida militar.
Está muito boa e é assim que as coisas se preservam para a posteridade. No tempo em que não havia televisão, nem sequer electricidade, as pessoas sentavam-se à volta da lareira e iam passando estas coisas de pais para filhos. Hoje em dia não há tempo para nada, mas há este sistema (a blogosfera) onde cada um pode registar aquilo que tem para dizer. E haverá sempre alguém que o lerá e passará adiante.