sexta-feira, 29 de maio de 2009

Por uma nova ética politica

Considerando tudo que nos chega através dos Mass Media, a última década conheceu uma forte degradação ética. Os casos de corrupção têm assumido proporções muito graves que se não forem atacadas de raiz, conduzirão irreversivelmente o regime democrático a um clima de podridão.
Os dirigentes políticos quase nunca assumem responsabilidades políticas, o que tem ainda piores efeitos na confiança dos cidadãos.O estado-partido funciona à semelhança das ditaduras fascista e comunista.
Os governantes governam em regime de certo modo confidencial. Há uma falta de controlo e fiscalização dos gastos, dos projectos faraónicos e das empresas públicas, observa-se uma promiscuidade entre os interesses privados e de representação política. Os ataques das instituições políticas à independência do poder judicial são outros tantos factores que configuram um novo combate político: entre os aqueles que querem mudar para um sistema mais eficaz e os que querem continuar aproveitam dele.
A substituição de um partido pelo outro na gerência do estado não basta. È necessário que um compromisso absoluto com novas atitudes novas leis que ataquem a fundo o fenómeno da alta corrupção.
Até a data actual as soluções encontradas para uma boa fiscalização, que visavam combater a corrupção falharam ou por falta de meios ou porque essa fiscalização estava também comprometida com o sistema ou ainda por receio de consequências futuras do poder dos lobbies! Que continuam a ter grande influência em todos os poderes que regem o nosso país. É por isso, que continuaram livres e ilesos de crimes que já cometeram ou venham a cometer.
O dinheiro a e senhorice iliba-os de tudo. Eles dirão muitas vezes nos seus recatados solilóquios “os cães ladram mas a caravana passa”. E continuará a passar enquanto não aparecer um governo forte e abnegado que faça respeitar a autoridade do Estado para bem de toda a comunidade.

1 comentário:

  1. Tens toda a razão, amigo Rafael, mas não vejo como podemos mudar as coisas. Enquanto vivermos nesta partidocracia corrupta, não há solução possível. A Assembleia da República, a quem compete fazer as leis e zelar pelo seu cumprimento, é formada por uma corja de interesseiros que são "juízes em causa própria" e nunca concordarão em alterar a lei eleitoral e a que rege os partidos. Teremos que pegar de novo em armas como no 25 de abril?

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