língua escrita ou falada faz com que o homem não só represente o mundo em si, como o transfigura com os significados que lhe dá, com os saberes com que explica e o cobre com os textos com que o expande e transforma.
Sem informação que uma língua liberta, que organiza distribui e disponibiliza. Todo conhecimento que temos do cosmos, da terra e da vida do homem não teria sido possível ficaria irremediável.
É evidente que um país, uma região, uma cidade, em suma o mundo inteiro valem pelo que são em si, mas passaram a valer mais, depois que, a seu respeito se criou e produziu de modo vário e plural, uma literatura que foi modelando e descrevendo o mundo em todas as suas acções, artes, inventos e ciências.
Basta pensar no que seria a Velha Grécia sem Homero (o célebre poeta que nasceu no século IX antes de Cristo, foi considerado o autor dos poemas Épicos: A Elidia e a Odisseia. Tornou-se conhecido pelo povo com uma curta frase que mostrava a sua grande modéstia “ só sei que nada sei “. Sem Platão, (o célebre filósofo que nasceu em 437 antes de Cristo. Autor de várias obras: O Banquete, A República, As Leis, etc. A sua filosofia tinha como métodos a dialéctica que tem por fim a Teoria das Ideias).
O que seria de Roma Sem Virgílio (o mais célebre dos poetas latinos que nasceu no século IXX antes de Cristo. Autor d Eneida, das Geórgicas e das Bucólicas). Sem Cícero (que, os Deveres da República, as Tuscalanas, Discursos Políticos, As Verrinas, as Catilinas nasceu em 109 antes de Cristo escreveu tratados filosóficos e as Filípicas)
O que seria da Itália Sem Dante ( genial poeta que nasceu em1265. Escreveu sonetos, de amor. Conzoni, Vita Nuova, mas a principal obra foi a divina comédia). Sem Petrarca (poeta humanista que nasceu em 1304, Historiador, Arqueólogo. Deixou numerosas obras em latim com a África, etc as suas obras contribuíram para fixar o idioma italiano).
O que seria da Espanha sem Cervantes (que nasceu em 1547, é o autor a imortal obra de Dom Quixote de la Mancha, da Galateia e de Brilhantes e Espirituosas Comédias e Novelas). Sem Quevedo (nasceu em 1580 escreveu a Politica de Deus, Dom Palvo de Segóvia, A Hora de Todos, etc.).
O que seria de Portugal sem Camões (que nasceu em Coimbra em 1524, escreveu Os Lusíadas, El-Rei Seleuco, Anfitrião, Filodemo, Poesias Bucólicas e Sonetos, etc. A sua obra principal são Os Lusíadas, poemas épicos que exaltam os efeitos dos bravos e arrojados marinheiros portugueses). Sem Fernando Pessoa (que nasceu em 1884, deixou uma vasta obra poética na literatura Portuguesa, que influenciou o movimento futurista ou modernista. Dirigiu as revistas: Orfeu e Atena.
Usou heterónimos em várias obras: Na poesia Álvaro de Campos, nos poemas Aberto Caeiro, nas Odes Ricardo Reis. Escreveu também quatro livros em inglês, ele dominava bem este idioma porque viveu parte da sua juventude na África do Sul)
O que seria, enfim, da humanidade sem as suas obras literárias, sem os seus livros sem as suas bibliotecas e sem os homens que têm engenho e a arte da escrita, que sabem passar para o papel tudo que somos e o que nos rodeia, par que outros possam aprender as artes e todo o saber científico.
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