Acrescenta-se mais algumas reflexões sobre esta poesia de certa maneira prosíficada. Pois, o autor é um poeta ocasional, porque não tem aquele poder genuíno capaz de dar a essa mesma poesia, uma linguagem ritmada, com uma sonoridade musical aos seus poemas, como fazem os verdadeiros poetas.
Todos os sonetos acabaram de ler desta poesia, traduza algo da vida do autor. Que lhe emerge da alma como a luz dos atritos, ou como o gritos de dor e da espuma das ondas do mar em movimento. Quem os ler terá a impressão de uma simples e pequena obra, mas de algum convívio com a vida passada e o espírito de quem a realizou.
Na poesia o poeta é livre, libérrimo de exprimir as suas angustias , as dificuldades da sua vida, da sua comunidade e da classe trabalhadora mal remunerada e das pessoas mais carentes. Por isso, tenta captar a inquietação que vai na alma de quem mais o rodeia.
O poeta parece que se subtrai à vida, fugindo-lhe! Mas a poesia enche a sua existência de lés-a-lés, dando lhe fortes impulsos que ampliam a alma capaz de penetrar nos abismos mais
profundos e abrir novos horizontes aos mais acomodados em precárias situações sociais, ainda que sejam ambíguas para os ursos do caviar, que os alcunham de subjectividade.
A vida de um poeta tem sobre a alma uma força empolgante, que o faz viver numa certa intensidade, que por vezes o faz transbordar, por necessidade de comunicação, toda a actividade espiritual que até chega a ignorar a sua própria existência humana.
A poesia é uma obra de arte, muito mais que as formas estéticas, é uma força indescrível que anima e a vida que induz o poeta a ver para além dos sentidos.
. O poeta consegue criar do nada uma obra importante através da sua imaginação e do seu poder romântico ou dramaturgo. É o individuo, que nunca se realiza em plenitude, sentindo o que pensa e pensando o que escreve está sempre desejoso de se exprimir-se cada vez mais. Deste modo, vai nos surpreendendo com milagroso mistério da Poesia que traduzem os seus sentimentos e os dos outros.
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