Esta bonita freguesia do concelho em epígrafe foi durante os anos cinquenta e os anos sessenta do século transacto, uma das freguesias de maior emigração para os quatro cantos do mundo. Uma grande percentagem rumou directa ao Brasil, que era nesse tempo o país das maravilhas, onde se dizia que havia a árvore das patácas. No começo dos anos sessenta, as pessoas que emigraram preferiram ir par a europa que era mais fácil de emigrar, mais perto e onde se ganhava muito mais.
Depois da Segunda Guerra Mundial em 1945, a França, Alemanha, Belgica, Itália, luxemburgo, etc. Ficaram em parte devastados por essa guerra, a sua reconstrução foi incentivada e auxiliada pelo PLANO MARSHALL, que foi proposto pelo General George Marshall chefe do Estado Maior do Exército Americano que veio auxiliar a França na dita Segunda Guerra Mundial. Em 1948 começou a reconstrução com auxílio ecnómico dos U.S.A. Como era necessária muita mão-de-obra estrangeira, muitos portugueses emigraram para esses países.
A razão de ser desta realidade emigratória teve origem na necessidade que os LODOENSES e outros especialmente do interior do país, porque sentiam um forte desejo de procurarem noutras paragens melhores condições de vida que aquelas que tiveram seus avós e pais.
As terras de LODÕES e não só têm boa aptidão agrícola, mas a agricultura que praticavam com técnicas obsoletas, não ía além da subsistência, o que não permitia a numerosas familias sair da triste vida que viviam sem quaisquer condições sociais. O que não era só próprio desta aldeia, mas de uma maneira geral todos as aldeias do Nordeste Transmontano como: Sampaio, Assares, Santa Comba da Vilariça , Roios, Benlhevai,Trindade, etc. Todos os habitantes desta região agrícola viviam com as mesmas dificuldades e sempre com muito trabalho.
Nesta zona houve desde sempre uma grande divisão da propriedade, geralmente, todos os casais cultivavam algum bocadinho de terra que lhes pertencia ou arrendavam. Onde faziam as suas colheitas cerealíferas ou hortícolas, mas para esta maioria de casais mini-agricultores sobreviverem precisavam que os grandes agricultores lhes dessem alguma coisa a ganhar na actividade agrícola a fim de conseguirem alguns tostões para comprarem aquilo que não produziam. Mas só ganhavam mais alguma coisa nas épocas sazonais, com a apanha da azeitona, amendoa, uvas, ceifas e pouco mais.
A insatisfação dos menos afortunados de propriedades rurais potenciou lhes a lidíma aspiração de uma vida melhor, que deu lugar a um grande êxodo da juventude,o que não fora bem-querido pelos grandes proprietários porque lhes escassou a mão-de-obra barata.
Quando os emigrantes vinham passar férias às suas terras, exibiam em todos os sentidos melhores condições de vida, que até faziam inveja alguns desses grandes senhores proprietários.
Estes por sua vez tentavam denegrir a situação dos emigrantes dizendo que passavam por lá muitos sacrificios e que nas suas terras é que eles estavam bem. Até diziam que tinham muita pena deles por serem tão sacrificados com tanto trabalho e com o clima muito frio da Europa!..
Mas a juventude logo que tinha idade e força suficiente continuou a emigrar não dava ouvidos a sugestões ou aos conselhos daqueles que tinham no seu mira outros fins dissimulados em prol do seu próprio bem-estar e do bom futuro para a sua prole.
Em conclusão, todos os emigrantes que regressaram de vez a Portugal conseguiram almejar os seus objectivos: construiram casas modernas, compraram terrenos, trouxeram boas reformas e tiveram conhecidmento de outras culturas mais avançadas que a nossa. As suas remessas monetárias que enviavam mensalmente para cá, deram grande alma ao nosso país.
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