terça-feira, 5 de julho de 2011

A Guerra

Quem passou pelo menos um período da sua vida por uma situação
bélica convencional ou Guerra de guerrilhas,tanto pior! Nunca
poderá esquecer o risco de vida a que esteve exposto.
Viver ao vivo e ser um dos participantes da guerra, é das
situações mais aflitivas e angustiantes que o homem pode passar.
É daquelas coisas que nos acompanham até ao fim da vida: As
imagens horríveis, sons de morteiros, de espingardas e o
permanecer durante horas, dias e meses no campo de combate,
sujeito às balas do inimigo e a todas as intempéries do clima.
São tempos que cada interveniente guarda no seu subconsciente
para sempre. Esses tristes episódios poderão hibernar durante
algum tempo, mas reaparecem cada vez mais ferozes, quando algo
da vida quotidiana nos faz recordar esse passado.
Pois, ver morrer amigos e camaradas de armas em combate com
vinte anos de idade, esse jovem fica marcado para a vida inteira.
Aquele que esteve na guerra propriamente dita não volta como
foi, ainda que não tenha sido ferido corporalmente em combate,
mas o seu estado psicológico fica afectado para todo o sempre.
Considerando, os mais recentes combatentes dos anos 60 e 70 do
século passado,observa-se que vida deles tem sido muitoinstavel
para eles e suas familçias!
Pois, constata-se actualmente, há muitos ex-combatentes com
grandes problemas de saúde de toda a ordem.
Os políticos actuais e a nova geração pouco sabem do que é
lutar com pólvora e o que foram os 14 anos da Guerra Colonial.
Todos os governantes pouco apoio deram aos ex-Combatentes
comparado com os combatentes de outros do mundo ocidentalizado.
Muitos já faleceram com doenças belicogénicas por falta de
assistencia médica!
Também os escritores da nossa praça parecem ter pouco calo
para escreverem sobre a guerra. Como não tiveram uma vivência
guerreira, não sentem qualquer propensão para escrever sobre a
Guerra Colonial e os efeitos nefastos que assolaram a juventude
dos anos 60 do século transacto.

1 comentário:

  1. E tu que tens algum jeito para montar um enredo capaz de se transformar num livro e tens conhecimento de causa, porque não te atreves a escrever sobre isso?

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