sábado, 4 de fevereiro de 2012

Várias artimanhas para serenizar o contribuinte

Nunca se deu conta que o tentam tratar como imbecil?
Vejam as artimanhas cientificamente usadas para nos levarem
à certa...
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da
distração que consiste em desviar a atenção do público dos
problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites
políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou
inundações de contínuas distrações e de informações
insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para
impedir o povo de interessar-se pelos conhecimentos essenciais,
na área das ciências, da economia, da psicologia, da
neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público
distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada
por temas sem importância real. Manter o público ocupado,
ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à
quinta como os outros animais (citação do texto 'Armas
silenciosas para guerras tranqüilas')".
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se
um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção
no público, a fim de que este tenha a percepção que participou
nas medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que
se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar
atentados sangrentos, a fim de que o público exija novas leis de
segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou ainda: criar
uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o
retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços
públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta
aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, durante anos consecutivos.
É dessa maneira que condições socioeconómicas radicalmente
novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980
e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade,
flexibilidade, desemprego em massa, salários baixíssimos, tantas
mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido
aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de
apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a
aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício
imediato. Primeiro, porque o esforço não é aplicado imediatamente.
Segundo, porque o público - a massa - tem sempre a tendência a
esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o
sacrifício exigido poderá vir a ser evitado. Isto dá mais tempo
ao público para acostumar-se à ideia da mudança e de aceitá-la
com resignação quando chegar o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO SE DE CRIANÇAS SE TRATASSEM
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza
discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente
infantis, muitas vezes próximos da debilidade mental, como se
cada espectador fosse uma criança de idade reduzida ou um
deficiente mental. Quanto mais se pretende enganar ao espectador,
mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Porquê? "Se
você se dirigir a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos,
então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa
probabilidade, a dar uma resposta ou reacção também desprovida
de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos
de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".
6- UTILIZAR MUITO MAIS O ASPECTO EMOCIONAL DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do discurso emocional é uma técnica clássica para causar
um curto circuito na análise racional, e pôr fim ao sentido
critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo
emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para
incutir ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir ~
comportamentos...
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as
tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e
escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais
inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma
que a distância da ignorância que paira entre as classes
inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça
impossível de eliminar (ver 'Armas silenciosas para guerras
tranqüilas')".
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover no público a ideia de que é moda o facto de se ser
estúpido, vulgar e inculto...
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela
sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua
inteligência, de suas capacidades, ou do seu esforço. Assim,
ao invés de revoltar-se contra o sistema económico, o indivíduo
autocritica-se e culpabiliza-se, o que gera um estado depressivo,
do qual um dos seus efeitosmais comuns é a inibição da acção.
E, sem acção, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência
têm gerado um crescente afastamento entre os conhecimentos do
público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes.
Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada,
o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser
humano, tanto física como psicologicamente. O sistema tem
conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo
conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos,
o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os
indivíduos do que os indivíduos sobre si próprios.

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