terça-feira, 7 de maio de 2013

O que vejo e sinto das portas e janelas de minha casa


Tenho transparentes janelas
Nas paredes do meu quarto.
O que eu vejo através delas
É o mundo em que me reparto.

Do lado Norte  vejo luz das estrelas
Do lado Sul o sol a luz do luar,
Pelas quais regalo olhos ao vê-las
Naquele espaço infinito a brilhar

Por outra entra a Via Láctea
Como um vapor de algodão,
Que faz lembrar certa prosápia
Naquela  tão distante imensidão

Por maiores entra o espanto,
Pelas menores entra certeza,
Que inunda de canto a canto.
Que enche a casa de luz e beleza

Ainda por todas entra a esperança
Com os quatro lados da casa iguais,
De lá tudo do universo se e alcança
Mesmo os quatro pontos cardeais

Pelas claraboias entram o sonhos,
São como vigias de barcos redondas,
Que muitas vezes tão medonhos
Veem e vão semelhante às ondas.

Por uns  lados a entra a tristeza,
Pelos outros  entra a saudade,
O silêncio, amargura e a surpresa
A  e o desejo, e a humildade,

Entra  o amor o ódio, e o tédio,
E o medo, e a muita melancolia,
Donde vejo  fome sem remédio
Que afasta todo o prazer e alegria

E a inocência,o crer e a bondade,
A dor própria, da familia e alheia,
Paixão que me revolta e incendeia,
A ver, tanta gente rica sem piedade,

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