sábado, 14 de setembro de 2013

A geração depois do 25 Abril de 1974

A geração filha da ditadura, teve falta de liberdade,
era pobre com uma permanente austeridade.
Mas cresceu na contenção, na disciplina, na poupança
e no saber (os que à escola tinham acesso) Português
e Matemática.
Esta geração depois do 25 de Abril, o que sendo bom
para a adolescência foi mau para a geração.
Enquanto os mais velhos conheceram dois mundos.
os que hoje são avós e saem à rua para comemorar
ou ficam em casa a maldizer o dia em que lhes
aconteceu uma revolução. Esta nova geração
nasceu logo num mundo de farra e de festa, num
mundo de sexo, drogas e rock & roll, num mundo de
aulas sem faltas e de hooliganismo juvenil em
tudo semelhante ao das claques futebolísticas mas
sob cores ideológicas e partidárias. O hedonismo
foi-nos decretado como filosofia, quando ainda
não tinham barba nem mamas.
A grande descoberta desta geração foi a opinião: a
opinião como princípio e fim de tudo. Não da informação,
do saber, dos factos, dos números. Não o fazer, o
construir, o trabalhar, o ajudar.
Veio com a liberdade, e ainda bem, mas foi
entregue por decreto a adolescentes e logo misturada
com laxismo, falta de disciplina, irresponsabilidade e
passagens administrativas.
Creio que esta geração é a geração do “eu acho”. É a
que tem controlado o poder. Dos media. e dos
empresários do parecer – mas não do fazer.
É uma geração que apenas teve sonhos de desfrute
ao contrário da outra que sonhou com a liberdade,
o desenvolvimento e a cidadania. É uma geração
com biblioteca só para embelezar,com muitas RGAS
e café. É uma geração de amigos e conhecidos
e compinchas e companheiros de copos e de praia.
É a geração de uma adolescência sem fim










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