quarta-feira, 10 de junho de 2015

A FAMÍLIA PERESTRELO E SALAZAR


Nos tempos idos do fascismo, o pai de António Oliveira Salazar
 era simples feitor numa grande propriedade do velhote Perestrello.
situada lá para os lados de Santa Comba Dão. Perestrello teve
 Teve dois filhos, um rapaz e uma rapariga. A menina ainda foi
namorada de Salazar e o rapaz, mais conhecido pelo
Perestrello Vasconcellos, que cursou engenharia, quando Salazar
chegou ao poder colocou-o como administrador da Casa da Moeda
 e posteriormente, em 1939, assumiu a gestão do Arsenal do Alfeite.
Perestrello Vasconcellos morreu em 1962 e deixou seis ou sete
filhos, dos quais um deles foi engenheiro naval, na Lisnave, e outro,
sentiu vocação para sacerdote e veio a ser capelão da Marinha.
Em 1959, o capelão Perestrello Vasconcellos fez parte da célebre
conspiração "Caso da Sé"na qual participaram vários opositores ao
regime, como Manuel Serra.
 Na eminência do capelão também ser preso, o presidente do governo,
 Oliveira Salazar, chamou a S. Bento o pai do capelão Perestrello
Vasconcellos e aconselhou-o a mandar o filho para o Brasil, para que
não tivesse o desgosto de ver um filho na prisão. Tudo em consideração
ao velhote Perestrello de quem o pai de Salazar tinha sido feitor.
E foi assim que o padre Perestrello Vasconcellos debandou para o Bra
sil. Nos anos 70, com a primavera marcelista do primeiro-ministro
Marcelo Caetano, o padre Perestrello Vasconcellos regressou a Portugal
 e foi exercer o sacerdócio na paróquia de Loures.
Num belo dia, o admirado e venerado padre Perestrello Vasconcellos,
em plena missa dominical, deixou os paroquianos atónitos e lavados em
 lágrimas. Anunciou que iria deixar o sacerdócio porque se apaixonara por
 uma senhora da família Lorena. O padre passou à sua condição de
 cidadão como os outros.

P.S. - Já agora acrescento mais uma história da família Perestrello e do Dr.
Salazar (retirada da biografia escrita pelo Dr Franco Nogueira...)

Realmente (e tal como se refere no texto acima) o jovem Salazar (que pelos
vistos era um filógino e não um misógino) gostava da jovem Perestrello
e ela retribuía esse amor com muita paixão!
Até que a mãe se apercebeu e terminou com o namoro, não sem antes
dizer de viva voz ao jovem prof. Universitário (imaginem, de Finanças
Pùblicas !) que tinha muita consideração pela inteligência dele, mas,
sinceramente, namorar com a filha dela, uma Perestrello, era demais. Ele
 não se podia esquecer, que era e seria sempre o filho do caseiro.
Terminou assim o namoro.
Anos passados, já ele era 1º ministro e a senhora Perestrello telefonou-lhe
 para lhe pedir um favor. O telefonista passou a chamada e ela
 anunciou-se : "Daqui fala Perestrello" e Salazar respondeu "Daqui fala o
 filho da caseiro".
Isto só prova que a vingança  não se serve fria, como muita gente pensa,
 mas muito gelada.




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