sábado, 13 de março de 2021

 A História, muito abreviada,

das Caravelas Portuguesas


A História das Caravelas Portuguesas. O impacto

desta inovação transformou Portugal na principal

 potência marítima e económica do século XVI.

 Quando os Portugueses iniciaram as viagens dos

descobrimentos marítimos, nos inícios do século XV, a Europa

 tinha um conhecimento muito limitado do oceano Atlântico.

Em 1421, o Infante D. Henrique começou a enviar seus navios

 para Sul, com o objetivo de ultrapassar o Cabo Bojador,que

 era então, para muitos, o fim do mundo.

Doze anos depois, o navegador Gil Eanes conseguiu dobrar o

 Cabo, revelando que era possível continuar em frente, ao

 contrário do que diziam as lendas que circulavam então,

 segundo as quais o mar era baixo (os navios não teriam

 altura de água suficiente para poderem flutuar) e as

 correntes muito fortes impedindo o prosseguimento das

 viagens.

Nesta primeira fase, os navegadores do Infante D.

Henrique usaram barcas, umas embarcações pequenas

que eram também empregues na navegação costeira e

 fluvial, e que tinham um só mastro com uma vela.

As maiores barcas teriam cerca de 30 tonéis de arqueação,

e isto quer dizer que podiam transportar 30 tonéis

(30 toneladas) ou seja, barris com cerca de 1,5 metros de

 altura por um metro de largura máxima.

Foi nestas barcas que seguiram os primeiros navegadores

do Infante, tal como Gil Eanes. Mas quando este navegador

passou o Cabo, viu que podiam ser empregues barienel

maiores, e na viagem seguinte foi usado um navio do qual

 se sabe muito pouco.

No princípio dos anos quarenta do século XV as viagens

para Sul conheceram um novo impulso, depois de um curto

 período de paragem. As 2 circunstâncias, porém, tinham

mudado entretanto.

Os Portugueses navegavam então em mares que nunca

tinham sido sulcados pelos europeus, com ventos e correntes

 que desconheciam, e as viagens tornavam-se cada vez mais

 longas.

Era preciso um novo tipo de navio para ultrapassar estas

 dificuldades. Foi assim que surgiu a caravela. Era uma

embarcação com cerca de 50 tonéis e dois mastros, cada

um com uma grande vela latina, isto é, uma vela com

 formato triangular, um pavimento corrido da popa à proa,

e um pequeno castelo à popa: na verdade apenas um

 sobrado mais alto.

Debaixo do convés guardavam-se os mantimentos 

e outras mercadorias, mas o espaço era muito

 apertado, porque o casco do navio era muito esguio. 

A caravela foi o navio ideal para as explorações,

 durante todo o século XV. O casco afilado e as 

velas latinas tornavam-na muito veleira, quer dizer,

era um navio que andava bem à vela.

Com estas velas podia navegar à bolina, ou seja, 

prosseguir numa rota em zigue-zague contra a

direção do vento.

 Por outro lado, sendo uma embarcação relativamente 

pequena, podia seguir junto às costas, entrar nas

 embocaduras dos rios e subir pelo seu curso, 

explorando um pouco do interior do continente.

Ao mesmo tempo, porém, a caravela era maior que os 

navios que os Portugueses tinham empregue até então,

 nas primeiras viagens, e isso queria dizer que podia

 levar mais mantimentos e água potável para os

 tripulantes, e assim as viagens podiam ser cada vez

 mais longas.Cabo da Boa Esperança.

As caravelas foram os navios dos Descobrimentos 

portugueses desde c. 1440 até 1488, quando

 Bartolomeu Dias passou oCabo da Boa Esperança e

 entrou no Oceano Índico, na expedição que abriu

 o caminho para a viagem de Vasco da Gama e para

 o descobrimento do caminho marítimo para a Índia.

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