sábado, 6 de janeiro de 2024

 


sábado, 6 de janeiro de 2024

 

A Biografia de Edith Piaf

 

Nasceu  com o nome de Edith Giovanna

Gassion,

filha de uma cantora ambulante e de um

acrobata de circo que a abandonou antes

de ela nascer. A sua mãe, a ponto de dar à

 luz, não conseguiu chegar à maternidade

 e Edith nasceu em plena rua, debaixo de

 um candeeiro, frente ao número 72 da Rue

de Belleville, em Paris, a 19 de Dezembro de

1915mulher era demasiado pobre para a

criar e entregou-a ao cuidado da sua avó

materna, que em vez de biberão a alimentava

com vinho, com a desculpa de que assim se

eliminavam os micróbios. Depois, entrega-a

 ao seu pai, que está a ponto de partir para a

 Frente, na Primeira Guerra Mundial, o que

 o leva a deixar a menina com a sua avó

paterna (dona  de uma casa de prostituição

 em Bernay, Normandia), sendo Edith criada

pelas prostitutas da casatinha apenas quatro

anos, uma meningite deixou-a cega, mas pouco

 depois recuperou a vista graças, segundo

explicou a sua avó, à devota peregrinação à

 Igreja de Santa Teresinha do Menino Jesus,

em Lisieux, que a mulher fez com a sua neta.
E os primeiros anos da vida de Edith foram

difíceis, os da sua adolescência foram piores.

 Quando apenas tinha dez anos, o seu pai

adoeceu gravemente e a pequena começou a

 cantar pelas ruas, recolhendo as moedas que

 os transeuntes lhe atiravam. Naquelas

primeiras atuações, Edith só cantava a

Marselhesa, o hino nacional francês, porque

essa era a única canção que conhecia. No

fim da Primeira Guerra Mundial, o seu pai

volta da Frente e leva-a consigo a viver a vida

 dos artistas dos pequenos circos itinerantes,

portanto a de artista ambulante, independente 

e miserável. Edith revela o seu talento e a sua

excecional voz nas canções populares que

canta nas ruas com o seu pai, tal como a sua

mãe havia feito.

Em 1933, aos 17 anos, tem uma filha com o

seu amante Louis Dupont, chamada Marcelle,

 que morre de meningite aos dois anos de idade,

em 1935.

Bem, mas falamos de Lições de Amor 

e assim, pois, entremos na sua vida sentimental

Edith, apesar de não ser precisamente uma

 mulher bonita e de ter apenas 1,53 m de

 estatura,

 era uma dessas femmes fatales que emanam

 um encanto especial, o que fazia com que os 

homens caíssem rendidos a seus pés.
Pela sua vida passaram, desde os seus inícios,

 pequenos rufias, artistas de rua e, depois, até

 homens famosos como Marlon Brando, Yves 

Montand, Charles Aznavour, ou Georges

Moustaki. Fazia por deslumbrar, conquistava-os

 e abandonava-os. Também sucumbiram aos

seus encantos o famoso campeão de boxe

Marcel Cerdan e atores como John Garfield.

Inclusive a famosíssima Marlene Dietrich, que

lhe ofereceu um diamante de um quarto de

carat por uma apaixonada noite de amorEdith

seguia vivendo La vie en rose”, apesar de um

terrível acidente automobilístico, no qual sofreu

várias farturas. Os médicos prescreveram-lhe

 morfina, de que rapidamente se tornou

 dependente.

“Durante quatro anos vivi quase como um 

animal ou uma louca: nada existia para

 mim além do momento em que me era

 aplicada a minha injeção e sentia por fim

 o efeito da droga.” 

jectava-se, através da roupa e das meias,

momentos antes de subir ao palco. A única vez

que atuou sem morfina foi um desastre, e saiu

apupada pelo seu público.
Também começou a beber sem controlo e os

 seus amigos tentaram que deixasse esse hábito,

 chegando inclusive a esconder-lhe as garrafas

 de álcool, mas nem isso resultou. De qualquer

forma,o seu público adorava-a, pois ela era o

ícone da  França do pós-guerra, uma diva

consagrada.

Sem dúvida, esta vida desenfreada que não a

preenchia nem a fazia feliz, era a única que

tinha e desfrutava-a,  assumia-a como parte

da sua essência; por isso é que, de cada vez

 que cantava a viva voz a famosa canção

 - que a identificava perfeitamente.

"Non, Je Ne Regrette Rien" (Não, não me

arrependo de nada), se lhe enchiam os olhos de lágrimaschegou aos seus 46 anos intensamente

vividos e, sem saber como, encontrou de repente

 o grande amor da sua vida. Envolveu-se 

numa relação que surpreendeu o mundo.

Enamorou-se loucamente por Théo Sarapo, um jovem grego 20 anos mais novo do que

 ela.

Edith assegurava que este era o definitivo e

maior amor da sua vida. Casou com ele e 

toda a gente pensou que se tratava de um “gigolô”que queria aproveitar-se da sua fortuna.

Para todas as pessoas foi difícil acreditar no

amor de uma mulher adulta e famosa por um

jovem Adónis grego, mas Edith gritou aos

quatro ventos que Théo era o único homem

qeu tinha amado.
Um ano depois de casar com o jovem grego,

em 1963, Edith Piaf morreu na sua casa do

Boulevard Lannes, com a idade de 47 anos,

 vítima de uma cirrose avançada e com as

suas funções deterioradas devido à morfina.

 O grande amor da sua vida durou-lhe

 apenas um ano.

Théo Sarapo foi o único herdeiro de 

Edith Piaf.

Os direitos discográficos, de autor e

cinematográficos foram parar à sua conta

bancária. Isso confirmava as suspeitas de

toda a gente imagem de “gigolô”,

inescrupuloso e oportunista, estendeu-se

 por todo o mundo, enquanto que o silêncio

 do grego confirmava todas essas 

suspeitas.

Contudo,sete anos depois, Théo Sarapo 

voltou a ser notícia de primeira página 

nos periódicos.

Tinha-se suicidado.
Sobreviveu até esgotar a “fabulosa” 

herança recebida de sua mulher, quer

 dizer, uma lista interminável de dívidas. 

A enfermidade e a dependência de

 Edith Piaf tinham-na deixado na

 bancarrotae com dívidas até ao pescoço. 

Théo Sarapo, em silêncio,  foi-as 

pagando como pode, uma atrás de outra,

 até deixar totalmente limpo o sagrado

 nome da sua amada.

 Quando acabou de pagar o último 

centavo, terminou com sua existência.  Para que a queria, se não podia 

compartilhá-la com o único amor 

da sua vida?

Por tudo isto hoje quis contar-vos esta

 história.

 Porque a gente sempre julga com 

facilidade, porque os preconceitos e a 

suspeita encobrem muitas vezes o

 verdadeiro amor e as boas intenções. 

Também porque Edith nos demonstrou 

que não se necessita de toda uma vida 

para amar e ser feliz, porque nos ensinou

que um ano é suficiente para passar

“o resto da tua vida" com essa pessoa

especial.

Por isso, também lhe chamo Lições de

 AmorThéo Sarapo.

Sem comentários:

Enviar um comentário