segunda-feira, 30 de março de 2009

Portugal e o Mar

Desde que o homem habitou a terra, teve sempre uma certa preferência de construir os seus abrigos ou habitações nas zonas litorais quer próximo do mar quer próximo dos rios.
Os primeiros indígenas que habitaram o território luso tiveram essa propensão acrescida pelo mar, dado que lhes fornecia o sal e o peixe.
Esta vocação marítima dos autóctones foi transmitida aos vindouros que habitaram esta região da Península Ibérica tais como: celtas, iberos, celtibero visigodos arabes, portucalenses e finalmente os portugueses que são descendentes dos primeiros autóctones e de todos esses povos que viveram no território português.
O Rei D. Dinis cognominado de lavrador, mas também podia ter sido intitulado de dendrocultor. A sua decisão de mandar semear o pinhal de Leiria e outras regiões do país, foi em princípio para evitar que as areias do mar invadissem os terrenos hortícolas, e também para criar madeiras para desenvolver a Construção Naval, a fim que Portugal tivesse uma grande frota de navios para poder explorar melhor a pesca e a defesa da nossa costa.
D. Dinis foi o primeiro rei a desenvolver a agricultura no nosso país, crê-se que tenha sido ele, que teria influenciado os fisiocratas franceses como Quesnay e seus seguidores, que diziam que nos produtos da terra é que estava a verdadeira riqueza.
Portugal de lhe ter sido concedido o alvará de país autónomo, a sua vocação marítima foi crescendo cada vez mais, porque o mar era a sua maior fronteira e para lá do oceano atlântico pressupunham-se que houvesse algo que engrandecesse o nosso país, mas até ao reinado de D. João I a, a exploração marítima foi muito limitava. em todos os aspectos. A prole de D. João I foi intitulada a enclítica geração e que criou planos de expansão marítima encabeçada pelo Infante D. Henrique no principio do século XVI.
Os arrojados marinheiros portugueses “sulcaram mares nunca dantes navegados” nunca desistiram de levaram até ao fim os seus projectos, apesar dos contra tempos com a perda de vidas e barcos.
Alguns séculos mais tarde, Fernando Pessoa diria “ Oh mar salgado! Quanta da tua água são lágrimas de Portugal”. Esta vontade de vencer, devoção e sacrifícios dos portugueses de outrora quiseram-na delegar às gerações seguintes.
Talvez fosse esse o sentimento que inspirou a divisa da Marinha de Guerra Portuguesa: “ A Pátria honrai que Pátria vos contempla.”
Os portugueses abriram o caminho aquático no tempo das descobertas, que fora mais difícil que hoje chegar à lua. Depois seguiram os espanhóis e mais tarde outros países europeus como a França, Inglaterra, Holanda e Bélgica que também tomaram parte nas ditas descobertas de novos mundos. Que até então o mundo planetário propriamente dito estava confinado à Europa.
As descobertas de Além-Mar vieram dar azo a que Europa se considerasse como um grande Império Europeu. Deste modo, o continente mais pequeno do planeta dominou os outros quatro continentes: África, Ásia, América e Oceânia.
A Segunda Guerra mundial em 1939-1945 foi a primeira causa do começo da queda do Império mundial europeu. Portugal foi o primeiro país a fazer
parte desse Grande Império e o último a ser desmantelado após a revolução dos cravos em 25 de Abril de 1974.
Após a entrega de mão beijada as nossas possessões ultramarinas, Portugal ficou só. mas como passou a ter um regime político de acordo com as exigências da União Europeia, não teve outra alternativa se não aliar-se para beneficiar de certos apoios financeira a fim de se sua estruturar à semelhança dos outros países europeus.
Os anos vão passando, União Europeia ainda não criou todas as estruturas políticas para que seja mais visível unida.
O tratado de Lisboa tem objectivos claros para posterior consolidação, mas ainda está em reflexão, por causa da renitência de dois ou três países.
As diferentes línguas vivas que existem na europa talvez sejam também um dos factores que atrasem este demorado processo da verdadeira União Europeia, que podia ser um só país como os Estados Unidos da America.

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