quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O silêncio das palavras

Há muitas coisas que são lindas demais para serem
descritas por palavras.
É necessário admirá-las em silêncio para apreciá-las
em toda a sua plenitude.
As grandes falas servem, frequentemente, para
confundir ou doutrinar. Às vezes, o silêncio é mais
esclarecedor que um fluxo de palavras. Olhe para uma
mãe diante do seu filho no berço. Ele consegue muito
bem tudo o que quer sem dizer nenhuma palavra!
Na realidade, as palavras devem ser a embalagem dos
pensamentos. Não adianta fazer longos discursos para
expressar os sentimentos de seu coração. Um olhar diz
muito mais que um jorro de palavras!
Creio que, em sua grande sabedoria, a natureza nos deu
apenas uma língua e dois ouvidos para escutarmos mais e
falarmos menos.
Se as palavras não são mais bonitas do que o silêncio,
então é preferível não dizer nada. Quanto mais o coração
é grande e generoso menos úteis são as palavras.
É necessário lembrar do provérbio dos filósofos: as
verdadeiras palavras não são sempre bonitas e as palavras
bonitas nem sempre são verdades.
As grandes mentes fazem com que, em poucas palavras,
muitas coisas sejam ouvidas. As mentes pequenas acham
que têm, pelo contrário, a concessão para falar e não
dizer nada.
Poucas palavras são necessárias para expressar “eu gosto
de você.” Portanto, todas as outras que poderiam ser
ditas são supérfluas Não seja um "chatter box"!
...e não são palavras curtas e fáceis de serem ditas.
São aquelas que causam as maiores consequências.
São necessários apenas dois anos para que o ser humano
aprenda a falar e toda uma vida para que ele aprenda
a ficar em silêncio.
Ser comedido com as palavras é uma prova de profunda
sabedoria.
Saber ouvir também.


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