quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A minha geração

    
  Minha geração esteve nas guerras
  Lutas armadas sem nenhum sentido
           Foram feitas por ignorância e castigo
           Para quem defendeu aquelas terras


 Ali ouvia-se só o canto das espingardas
 Onde apetecia chorar e ninguém chora
 Todo o ruído era receoso a toda hora
 De noite e dia  fazendo vigilância- guardas.


Dias de dura chuva, vento e cálidos estios
Noites de breu o ar em gume de arrepios
Onde medo era mais forte  que calor e frios


 Na guerra espreitava sempre a morte
 Nos vales, montes, na mata ou nos rios
        Na guerrilha não há lei do mais forte



Sem comentários:

Enviar um comentário